quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Luta

Eu tento te esquecer.
Mas ao fechar os olhos sua imagem vem povoar meus pensamentos.
Eu tento de deixar longe.
Porém a minha mente insiste em inventar filmes no qual somos o casal romântico.
Eu quero me livrar de você, porque eu sei que assim vai ser melhor.
Mas a minha cabeça insiste em relembrar nossos melhores momentos.
Eu quero você longe. Me libertar.
Mas minha pele se lembra do seu toque e se arrepia.
Talvez meu corpo precise de você como um combustível.
Ele sente a sua falta.

Percebi então que você me povoa. E não adianta travar uma guerra contra você se o meu corpo luta do seu lado.
A razão me diz que é melhor você ir embora, mas meu corpo quer você perto.
Eu tenho meu cérebro. Mas você tem meu coração.

E agora me diz: quem está em vantagem? Vale a pena encarar essa guerra?

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Vai dar tudo certo.

Agora falta pouco. Muito pouco.
Lá vou eu de novo. Começar uma nova etapa da minha vida.
Estou com medo. Ansiosa. Animada. Receosa.
Um misto de emoções e sentimentos.
Fazer o que? É esperar os ponteiros do relógio andarem e aninciarem que chegou a hora.
Tá chegando a hora. Eu imploro para os ponteiros irem mais devagar. Mas suplico para eles se mexerem mais rápido.
Sou indecisa? Não. Não muito. Só estou vivendo um momento de contradições.

Mas vai dar tudo certo. Eu sei que vai.
Em todas as vezes deu certo. Por que agora não iria?

Hoje acordei e comecei a separar as roupas que eu iria levar. Minha mãe disse para eu não levar todas ainda. Assim vou ter roupas quando vir passar fins de semana em casa. Ainda posso chamar esse lugar de casa. Sempre vou chamá-lo assim.
Comecei a decidir o que iria levar. Em cada pertence há lembranças, significados e sentimentos. Mas não posso levar tudo. Será que levo esse ursinho? E essa boneca?
Queria poder levar todos eles. Até meus brinquedos antigos.
Mas deixá-los significa deixar a infância, e talvez, até mesmo a inocência. Embora eu duvide que a criança que vive dentro de mim queira sair.

Mas, decidi. Vou levar fotos, e alguns ursinhos, que ganhei de amigos.
No meu coração vou levar todos aqueles que fazem ou já fizeram parte da minha vida. Para cada um, um lugar especial. Vai ser difícil isso. As lembranças e pessoas que moram em meu coração me espetam, me cutucam. Uma sensação chamada saudade.

Pego minha malinha com meus pertences e saio de casa. Minha família me acena um até logo, e a rua me sorri um seja bem vindo. O sol ilumina meu caminho, e as flores perfumam minha vida.
Pego minha malinha com meus pertences e vou. Eu vou. A vida ri oportunidades, e eu as agarro com medo. Ainda tenho medo. Caminho e olho para frente, mas ainda viro para espiar para trás. Meu passado já passou. Mas meu presente não seria nada sem ele.

Então, eu vou. Olho para frente, e sorrio. Vai dar tudo certo. Sei que nunca estou sozinha.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Segure minha mão

Vamos fingir que tudo é bonito, tudo é perfeito. Vamos fingir que o mundo é maravilhoso e que o homem nunca destruiu nada. Vamos pensar que o nosso amor é limpo de imperfeições, e que nós somos uma combinação exata. Vamos imaginar que somos almas gêmeas, que nos completamos. Vamos deixar que o nosso amor nos guie, sem pararmos para pedir informações. Vamos caminhar pelas nuvens e sentir seu gosto de algodão doce. Vamos atravessar as ruas no sinal verde, sem perigo porque estaremos de mãos dadas. Vamos dar um pulo na lua, e roubar um pedacinho de queijo. Vamos escorregar pelo arco-íris e encontrar nosso tesouro. Vamos mergulhar no oceano e conhecer as coisas inexploradas. Vamos ser felizes e nos deixar ser levados pela felicidade. Vamos fazer com que o que sentimos prevaleça sem se importar com que os outros digam.
Afinal, se o amor é cego, porque o nosso não pode ser também?
Não olhe para os lados, e olhe só para mim. Vamos fugir para algum lugar onde os nossos sonhos se tornem realidade. Segure minha mão, e eu me sentirei segura.

Vamos fingir que tudo é bonito, tudo é perfeito. Vamos fazer tudo bonito, tudo perfeito.
Vamos juntos, para qualquer lugar. Vamos transformar tudo isso em realidade.

Segure minha mão, e vamos juntos.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Gratidão


Tudo começou com uma brincadeira. Iríamos apenas dar uma volta na praia. Coisa normal.
Fomos então eu, minha irmã e meu padrinho. Dar uma volta pela praia. Era fim de tarde, e no céu já despontavam aqueles tons de rosa e vermelho, que anunciam que o sol está ficando sonolento. Andávamos e o sol caminhava em direção a sua cama, aquele berço de água salgada.
O pôr-do-sol ao mar é uma cena linda, digna de telas e pincéis.
Íamos andando, e encontramos uma lagoa. Se atravessássemos ela dariamos em outra parte de terra, como se fosse um espelho no meio da areia, sendo que uma parte se misturava com o mar aberto. Ali não tinha ninguém. Só nós, e as criaturas que ali habitam.
Resolvemos atravessar aquele canal, sem nem mesmo conhecer o local. O ser humano, às vezes, ou até geralmente, é um pouco estúpido.
Nadamos e nadamos. Com os pés e braços em movimento, e a cabeça naquele ritmo de entra-sai da água, fomos atravessando pelo meio da lagoa, sem perceber que os nossos pés não tocariam mais o chão se deixássemos a cabeça fora d'água. Demorou para que notássemos isso. Demorou para notar que havia uma correnteza nos puxando em direção ao mar aberto.
Quando demos conta da situação, foi tarde demais. Pela física, compreendemos que a força maior sempre puxa na sua direção. E a força dos nossos impulsos, não se comparava à força da correnteza. O desespero não demorou para aparecer. Mas o tempo pareceu ficar cinquenta vezes mais devagar. Medo.
Apareceram três ou quatro homens na margem. Eles gritavam 'Nadem para o outro lado!'. Mas era inútil. A força se esgotava. E mesmo tendo acesso ao oxigênio, nossos pulmões pareciam ter perdido a capacidade de puxar ou ar, ou se recusavam a fazer isso. Respirávamos desespero. Por mais que o cérebro ordenasse desesperadamente que o corpo continuássem, os braços e pernas pareciam não querer mais obedecer. Os homens pareciam querer ajudar, mas sabiam eles que também não podiam contra a força da natureza. O medo nos invadia. Pressentimos o pior.

De repente, a luz no fim do túnel decide acender.
Foi com alívio que meus olhos avistaram aquele homem na outra margem. Ele atravessava a lagoa também, mas a sua experiência ou bom senso fez com que ele atravessasse na parte rasa. Ele levava dois colchões infláveis. Daqueles que usamos na piscina. Um rosa e um amarelo. Um contraste com aquele azul esverdeado e com um sol sonolento. O homem parecia com medo também, mas ele conseguiu nos alcançar os colchões, e os outros homens conseguiram nos empurrar para o raso. Meu coração se acalmou no instante que meus pés tocaram aquele terra fofa, e com alívio pensei 'Conseguimos'. Minha cabeça esvaziou-se, não pensava em nada. Demorei a perceber o que havia ocorrido.
Não cansamos de agradecer àqueles homens. Eles mereciam.

Depois de tudo isso, parei para refletir. Talvez muitos não acreditem, mas eu sim.
Na hora do desespero, só pensei em bater os pés, bater os braços, e enfiar ar para dentro dos pulmões. Com tristeza, admito que em nenhum momento pedi ajuda a Deus. Eu esqueci Deus. Mas ele não me esqueceu. Sei que foi ele que mandou aquelas duas bóias coloridas para nos ajudar. Foi ele que mandou aquelas pessoas. Ele acendeu a luz. Eu sei que foi. E agora, a gratidão transborda pelos meus olhos. Só tenho a agradecer. Eu o amo. Por isso e muito mais.

O sol dormiu então eu seu colchão azul e gelado. E a noite veio.
Também deitei. Mas não dormi logo. Eu sabia do que tinha acontecido de verdade.
Ninguém me contou dessa vez. Foi comigo. Eu vivi tudo. Eu senti tudo.

Fechei meus olhos, e cada centímetro do meu corpo estremeceu de conforto.
Meus pulmões eram capazes de puxar o ar de novo.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Agora é comigo.

Hoje olhei para o céu, e as nuvens confirmaram o que eu já pensava. Vai ser difícil.
Mudar nunca é fácil. Mas, geralmente, é necessário. Parei, então, para analisar.
Desde pequenos, todos sonham em sair de casa, morar sozinhos, atingir a tão almeijada liberdade. Só que todos só sonham. Na hora em que ir embora é preciso, você percebe que as coisas não são bem assim.
Eu fecho então a porta de casa, e o mundo me trás uma infinidade de portas novas. Eu pergunto, então "Mãe, que porta devo escolher?" Mas mamãe já não está ali o tempo todo, de prontidão.
Agora, é comigo. Eu devo escolher qual é a porta mais segura, ou se devo simplismente entrar pela janela.
Eu sei que a minha família nunca irá me abandonar. Mas, vocês sabem, não é a mesma coisa.

Cheguei a conclusão, então, que todos sempre sonharam com uma liberdade inexistente. Adquirir a independência não é algo simples. Junto com a liberdade vêm novas responsabilidades. Chegam novos problemas, até então desconhecidos. Preciso descobrir novas soluções.

Sou a Chapéuzinho Vermelho. Pego minha cestinha, e vou percorrendo meu próprio caminho, sozinha. Sozinha. Só eu e Deus. Tomando cuidado para o lobo mau, ou os lobos maus, não me pegarem. Me torno indefesa, pois papai e mamãe não me protegem o tempo todo, agora. É hora de aprender a me proteger sozinha.
Sou uma aventureira. Sem mapa. Encontrarei novas trilhas e atalhos, caminhos desconhecidos. Encontrarei novos buracos, e muitas pontes serão inseguras.
Darei uma de cartógrafa, e, assim, desenharei meu próprio mapa, com novas localizações, e novos pontos importantes. Minha casa, agora, será desenhada em outro lugar.
Serei uma química. Formularei novos produtos, descobrirei novas fórmulas. Só que estarei sem luvas, e sem jaleco. Indefesa.
Poderei ser tudo, mas, tenho que admitir, estarei indefesa. Vou descobrir coisas novas. Vou enfrentar o que era, até então, desconhecido para mim. E o desconhecido dá medo. Dá sim. Mas mudar é preciso. E descobrir, também.

Meus pais abrem a porta de casa. A hora chegou. "Agora é com você, minha filha."
E lá vou eu, com meus lápis e papéis, desenhar meu novo caminho. Agora, é comigo.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Boa sorte

Deixei você. E não adianta insistir, dessa vez não tem mais volta.
Somos como o sol e a lua, e por mais que nos amemos, não conseguimos conviver juntos.
Você tem o seu objetivo, e eu tenho as minhas prioridades.
As nossas metas não combinam, e as nossas escovas de dente não ficam bem juntas.
Nossos corações têm o mesmo compasso, mas nós queremos ritmos diferentes.
Eu quero te abraçar, mas você quer ficar um pouco sozinho. Você quer me levar pra passear, mas poxa! você não percebe que eu quero descansar um pouco?
Infelizmente, é assim. Eu tento ajustar o meu relógio ao mesmo horário que o seu, porém as nossas toalhas de mesa não combinam. Você quer a listrada, mas eu quero a xadrez.

Deixei você. E não adianta insistir, dessa vez não tem mais volta.
E por mais que eu deseje ardentemente a reconciliação, não vejo uma luz no fim do túnel.
A verdade é que eu preciso de você do meu lado. E você também precisa de mim. Admita!
Podemos fazer com que as nossas escovas de dente consigam uma convivência razoável. E por que não podemos fazer com que o seu listrado combine com o meu xadrez?
Eu fiz de tudo para me adaptar ao seu jeito. Mas você não se esforçou tanto assim. Que pena.

Deixei você. E não adianta insistir, dessa vez não tem mais volta.
Agora você me olha insistentemente. Um olhar significativo. Eu sei o que você quer. E, pois é, eu também quero. Nós desejamos a mesma coisa.
Mas vamos conseguir? Você vai mudar também? Sinceramente, acho difícil.


E enquanto você deseja me dizer bom dia, boa tarde e boa noite; eu te digo boa sorte.
Apenas isso, boa sorte.

Deixei você. Mas dói dizer que dessa vez não tem mais volta.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Compressão

Sentimentos ocultos
Sentimentos sufocados
Deixa ficar subentendido
Porque assim é bem melhor
Para não ir de mal a pior
Está tudo comprimido
Está tudo bem guardado
Já está quase explodindo
Uma hora vai estourar
Vai ser difícil agüentar
Mas é preciso força para lutar
Porque assim é bem melhor

Olhos fechados
O gosto salgado
Lágrimas brilhantes
São um calmante
Que o coração vão aliviar
Este bate, bate
Em um ritmo descontínuo
É muito sentimento em combate
Não dá mais para agüentar
É preciso muito cuidado
Para isto aqui não piorar
Mas em uma só fração de segundo
Mais várias lágrimas voltam a rolar

Trancados e comprimidos
Os sentimentos querem escapar
Escorrem pelos olhos
Minha face vão lavar

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Sentimento líquido

Somos engraçados. Às vezes, nos desesperamos com coisas simples; às vezes, derrubamos poucas lágrimas quando ocorrem grandes tragédias em nossas vidas. Só que há muito mais por trás disso, que as pessoas não percebem, e nos julgam indiferentes quando não demonstramos tristeza na intensidade adequada ao momento.
Eu tenho uma caixinha aqui dentro. Uma caixinha pulsante e vibrante, ritmada. É ali que moram todos os meus sentimentos. Todos eles. E foi hoje que ela explodiu. De novo. Depois de muito tempo.

As tragédias foram vindo, as tristezas chegando, junto com os medos, apreensões, anseios. Todos eles foram entrando na minha caixinha, um novo lar para eles, sem o meu consentimento. Eu paguei por isso. Mas paguei pouco na época. Em todo esse tempo, sentimentos tristes e confusos foram habitando a minha caixinha e eu paguei apenas poucas lágrimas. Poucas lágrimas perto da intensidade desses sentimentos. Mas, afinal, minha caixinha ainda estava vazia, pronta pra receber tudo. Estava firme, sedenta. Assim, fui aguentando tudo, as mudanças, sua indiferença, desprezo, medo, e derrubei poucas lágrimas!Pouquíssimas lágrimas! Isso era uma festa pra eles. Mas a festa acabou.

Hoje, a festa acabou. Apenas um grito comigo, uma coisa insignificante foi suficiente para que eu derrubasse uma infinidade de lágrimas. Derrubei todas as lágrimas que podia. Sequei. Por um acontecimento tão pequeno? Todos pensaram que eu era louca. Depois de tanta coisa sem derrubar uma lágrima, chorar tanto por isso?

Mas ninguém sabia. Ninguém sabia que o ocorrido de hoje gerara pouquíssimas lágrimas. Lágrimas que funcionaram apenas como um gatilho, que rompeu com a minha caixinha secreta e liberou todas lágrimas que haviam lá. Jorrei sentimentos pelos olhos. Jorrei dor pelos olhos. Transbordei. Chorei todas as lágrimas que antes não havia chorado. Minha caixinha estourara. Foi a gota d'água. Ela não aguentou. Estava cheia demais.
Os sentimentos convertidos em uma água salgada, lavaram não só minha face, mas também meu coração. Transbordei sentimentos líquidos. Libertei-me.

Agora, possuo uma caixinha nova. Vazia. Pronta pra tudo. De novo.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Mãos que dançam

Escrever não é apenas juntar letras, sílabas, palavras, sinais gráficos, pontuação, acentuação, com algum sentido. E um texto não é um rearranjo de rabiscos no papel. Escrever, para mim, é deixar a mão dançar no teclado, na doce melodia dos sentimentos sendo libertados do meu coração aprisionado. É deixar as palavras livres para demonstrarem os segredos do seu coração ou notícias de tevê. É usar a pontuação adequada para expressar a verocidade da informação.

É desenhar com letras. Bordar com acentuação. Pintar com sinais gráficos. Arrematar com a pontuação.

Oh, como é doce ler um texto que transmite adequadamente o que seu autor queria que fosse transmitido. Como é saboroso o texto que é como uma pintura e você se sente dentro da cena. Como é impressionante o texto que consegue fazer seu coração bater mais rápido ou seus olhos lacrimejarem. Mas, para isso, você não precisa ser um exímio escritor.
Deixe suas mãos se guiarem pelo compasso do seu coração, e dançarem a valsa dos seus pensamentos e opiniões. Use a sabedoria da pontuação, e coloque cores ao seu texto.
Utilize a graça do ponto final. Firme. Decidido. Impactante.
Note como os pontos podem mudar os seus sentimentos!
- Você é tão imaturo, por isso me magoou de novo.
- Você, tão imaturo, me magoou de novo.
- Você, tão imaturo, me magoou. De novo.

Desculpem-me pelo texto de hoje. Tão sem graça e nada emocionante.
Só queria expressar a gratidão pela graça das palavras e pela música da pontuação, que sempre me ajudaram a libertar as feras existentes aqui dentro.

As palavras me ajudam a superar a sua imaturidade. É uma pena que você não seja que nem elas, doces, mágicas e fáceis de ser moldadas. Você é firme como um ponto final. Mas você não é impactante. É teimoso. Difícil de ser descrito.

Você, tão imaturo, me magoou. De novo...

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Imagine, mas não demais.

A imaginação é uma coisa fantástica. Com ela, posso fazer tudo o que eu quiser, ser o que me der vontade, estar em qualquer lugar do planeta.
Não preciso nem fechar os olhos. Podem ficar abertos.
Se eu quiser, posso te ter do meu lado. Posso te transformar no homem perfeito. Posso fazer você me amar. Posso te empurrar num precipício.
Posso ser famosa. Posso ser popular. Posso ser fantástica.
Posso ser a melhor pessoa do mundo. Basta imaginar.
Podíamos ser felizes...

Imagine, imagine, imagine tudo que podemos ser, todos os lugares que podemos ir, no lindo mundo da imaginação.

Mas a vida não pode ser feita só de sonhos, a vida não pode ser apenas imaginada. Ela precisa ser vivida. Isso é cruel. Nos nossos sonhos, a vida é perfeita, mas a realidade aparece e mostra bem a sua verdadeira face. Levamos um tapa, uma rasteira. Caímos. E a força para levantar não pode ser apenas imaginada. A vida, às vezes, é cruel, e a imaginação é gostosa. Ameniza a vida.
Mas só ela não é suficiente. Como já disse, a vida não é um sonho.
Você é como é, e eu sou como sou. Não me imagine como você gostaria que eu fosse, porque eu não sou perfeita. Na verdade, estou muito longe de ser perfeita.

Só que isso tudo é real. Não é imaginação. É assim, é cruel.
Se ficaremos juntos? Só imagine.
Será realidade? Só imagine.

Só não fantasie demais, porque a imaginação é gostosa, mas a realidade nem sempre é. Cuidado para não ser derrubado. Isso é mais fácil do que você pensa. E a queda pode doer demais.
Podíamos tentar melhorar a realidade juntos, transformá-la numa fantasia.
Estou imaginando coisas?

Imagine, fantasie. Mas, não demais. Você vai se surpreender.