sábado, 29 de agosto de 2009

Te sinto tão próximo, mas não te vejo.
Espero anciosamente pelo dia em que as nuvens se abrirão e te deixarão brilhar sobre mim.

sábado, 22 de agosto de 2009

21.08.2009


Foram dezoito anos felizes. Alegrias me visitaram, tristezas me assolaram. A maldade esticava o pé na minha frente para que eu caísse, mas a amizade, o consolo e o amor sempre me deram a mão e me reergueram. Foram quedas que me trouxeram conhecimentos, quedas que ensinam.
A todos aqueles que participaram dos meus 18 primeiros capítulos, devo reconhecer que seus nomes aparecerão nas referências e na dedicatória, e me atrevo a dizer que talvez não só uma vez. Foram 18 capítulos com páginas incontáveis, trechos coloridos, pedaços de arco-íris, gosto de algodão doce, cheiro de pirulito, desenhos de trovões, cheiro de chuva, lambidas de amor. Experiências que pintaram com tinta óleo seus conhecimentos, sentimentos que dormem nos rabiscos e encantam com sua doçura. Muitas pessoas passaram por meu livro e deixaram suas marcas, assinaram seus nomes, desenharam seus rabiscos, compartilharam suas vidas, pintaram suas mãos com tinta guache e deixaram seus pedaços na minha parede.
A criação desse livro devo a alguém cujo nome me conforta. Dedico a ele não só estes meus primeiros dezoito capítulos como todo o resto do livro. Juntos o arremataremos e costuraremos seus pontos finais com linhas coloridas. Entrego este livro a ti, Jesus.


São palavras que descrevem, letras que me preenchem, acentuações que me temperam, pontos finais que me arrematam.

São 18 capítulos que definem e colorem os 18 melhores anos da minha vida.

domingo, 16 de agosto de 2009

Preciso desabafar. Preciso. Preciso tirar toda essa ânsia de sentimentos que habita meu peito e me sufoca. Me enjoa. Estou sem ar, e isso está me torturando. Meus braços se encolhem procurando calor. Meus olhos fecham, porque já não há nada que me chame a atenção. Como se meus olhos não achassem nada que fosse digno de ser observado.
Quero vomitar esses sentimentos. Sentir o ar entrar no meu peito e se aninhar no meu pulmão. Deixando quente. Me afundar na cama, e pedir que 'por favor, colchão, me aninhe'.
Estou me sentindo sufocada, e eu não sei porquê. Me dobro, me ajoelho pedindo que o ar penetre. Mas tem uma barreira no meu peito. Meu coração não suportou toda a carga e deixou todo o bolo de emoções extravasar pela faringe, traquéia. Meu estômago se revirou, e meu pulmão clamou por um ar para aquecer.
Meus olhos simplesmente se abaixam procurando algo para procurar. Ou simplesmente se levantam em direção ao céu, de onde acreditam que virá o socorro.
Nada mais me importa, se não seguir em frente e fazer o que é certo. Preciso um rumo, um caminho. Uma seta! Uma seta que aponte para onde devo ir, um manual que diga o que eu devo fazer. Quem sabe assim evito que sentimentos se aninhem no meu peito, me bloqueando.

Tudo que eu quero é vomitar isso que me sufoca;
encontrar um rumo e seguir sem medo.
Manuais são previsíveis. Mas eu não sou.
Caindo é que se aprende, vivendo é que eu vou escrever as lições do meu próprio manual.


Me ajoelho na grama ainda úmida e deixo que o sol penetre por toda minha pele; seu calor desliza por mim e me aquece. A vida que emana do ambiente me envolve. São momentos que confirmam que vale a pena viver. Porque há uma razão para existir.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Amizades são como cristais que eu coloco na minha estante pra enfeitar minha vida. São minhas flores, que perfumam e me envolvem, me fazem feliz. É preciso cuidar, tirar a poeira da vidraria, regar e adubar para que não murchem. Foi num simples descuido, que eu deixei um cristal cair. A dor que causei nele não se compara a dor que me dilacerou. E por mais que eu cole seus pedacinhos, talvez não seja mais o mesmo.
Quebrar um de meus cristais me quebrou.

A dor não me deixa continuar.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

É normal reclamarmos de um amor não correspondido. De sonharmos com alguém que não nos quer nem em sonho. De pensarmos o dia inteiro em alguém que não tem nenhuma noção do que habita nossos pensamentos. É normal. Todos passam por isso, pelo menos uma vez na vida. Dói. Eu sei que dói.
Mas não dói mais do que ter um coração sem habitante. Do que ter sonhos com um príncipe sem rosto. Não estar apaixonado por alguém é confuso, é estranho. É estar sem rumo. A espera de alguém que venha preencher nossa mente.
O amor é complicado. É melhor amar e não ser correspondido ou simplesmente não amar ninguém? Difícil.
O melhor é o sentimento de ser amado, obviamente.
É possível isso no mundo? É claro, eu acho.
Parece então para mim que é mais fácil não amar ninguém e ficar esperando seu príncipe encantado chegar no seu lindo cavalo branco.


Ou então decidir que nessa história é a princesa que vai buscar o príncipe despida de tradições e clássicos, buscando a felicidade acima de contos de fadas. Vivendo a realidade de um mundo moderno e complicado, utilizando a felicidade e a magia das histórias que ouvíamos quando éramos crianças. Histórias que são belas e ensinadas como regras.

O amor não tem regras. Cada pessoa é uma excessão.