quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Superficial

Levei um susto hoje. Fui ao banheiro aqui do meu trabalho e ao me olhar no espelho observei algo que não gostaria de ter notado. Minhas pernas estão enormes, minha barriga está querendo fugir de dentro das calças. Não sei se o espelho que está alterado, se minha mente continua alterada ou se realmente estou desse jeito. Também não sei se o 'desse jeito', que em minha cabeça é extremamente fora de um padrão de normalidade, está realmente em situação crítica.
Depois de tanto confundir minha mente com ideias idiotas, já não consigo identificar mais as formas como elas são. O que são pessoas gordas e magras para mim já não faz sentido. Não sei definir, não sei classificar.
Porém, tudo o que consigo pensar agora é em como eu fui fraca, preguiçosa e indisciplinada. Se esse acúmulo de gordura excessivo em meu corpo existe, a culpa foi só minha. No momento, é só isso que sinto.

Superficial? Nem tanto. Quem é feliz quando não gosta de si mesmo?

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Eu sei ser feliz?

Felicidade.
Hoje eu estava me sentindo tão feliz. Um sentimento prazeroso habitava meu feito e irradiava na forma de um sorriso. Eu precisei me controlar para não sorrir. Eu vinha caminhando para a casa, satisfeita comigo mesmo. Em minha cabeça passavam todas as tarefas que eu havia cumprido hoje, as atividades que eu havia completado. Tudo está dando certo, eu pensei. Como sou feliz por ter feito tudo aquilo a que me determinei. Sou uma pessoa disciplinada, equilibrada e feliz, por hoje.
Então, um pensamento habitou minha mente: é isto a verdadeira felicidade? Esse sentimento delicioso que me deixa leve e sorridente, é isso a felicidade? Ou isso é apenas um sentimento de conquista, realização, cumprimento de metas?
Refleti nisso, e, com um susto, me deparei com uma verdade: baseio minha felicidade em realizações. Estar com a minha família, passar o tempo com meu namorado, conversar com meu Deus.. essas coisas não estão me trazendo a felicidade que eu sinto quando completo as tarefas que eu havia determinado para meu dia. Será isso um sintoma de perfeccionismo? Por que eu devo basear minha felicidade nesse sentimento de realização? Não deveria eu me sentir completamente feliz e em paz com todas as bençãos que Deus já derramou em minha vida?

Isso me deu um click. Meus sintomas depressivos pareceram receber uma explicação. Estou baseando minha felicidade em conquistas. Assim, nos dias em que não completo minhas atividades com exímia perfeição, eu me sinto triste, e transbordo minha decepção em lágrimas. Isso é triste. Comi demais, trabalhei de menos, errei meus passos, não fui quem eu queria ser; isso tudo é convertido em lágrimas e em 'ó como sou infeliz'.

Por que minha mente é tão tola?