quarta-feira, 6 de maio de 2009

Ele era desapegado. Ela era desconhecida. Mas assim, de repente, ela apareceu. Apareceu, e ele percebeu que ela era diferente. Ele, impressionado. Ela, tímida. Não que ele estivesse apaixonado, não era do seu feitio se apaixonar assim. Mas ele queria, e como queria. Ele, admirando. Ela, admirada. Ela era bela, uma beleza cativante, diferente e admirável. Inocente, quieta e maravilhosa. Ele, esperançoso. Ela, distante. Talvez não por vontade própria, mas por simples coincidência do destino, ela se mantinha longe. As amizades, as falsas histórias que ela ouvia. Pareciam conspirar contra ele. Mas valia a pena insistir. Ele, insistente. Ela, indiferente. E num ato não muito bem planejado, ele tentou. Ele, empolgado. Ela, direta. O 'não' lhe atingiu como uma rasteira. Caído, desarmado. Mas desistir também não era do seu feitio. E aos poucos, sutilmente, ele começou a se fazer notado. Ele, crente. Ela, acessível. Pouco, mas acessível. O suficiente para que ele se aproximasse e mostrasse quem ele realmente era. Ele, desconhecido. Ela, curiosa. E por mais incrível que pareça, ele se mostrou ser um cara legal. Gentil, ao contrário do haviam lhe dito. Querido, diferente do que haviam lhe falado. E a cada gesto, a cada palavra, ele tentava conquistá-la. Ele, diferente. Ela, interessada. E foi assim que ele conseguiu, e percebeu, que por mais que tenha demorado, valeu a pena. Nenhum dos dois estava perdidamente apaixonado logo após o primeiro beijo, mas ambos estavam, digamos que, envolvidos. Ele, satisfeito. Ela, também. Só que depois do primeiro, veio o segundo, o terceiro, ... E ele foi percebendo que ela não era apenas mais um rostinho bonito, e que por trás daqueles olhos hipnotizantes, havia uma pessoa interessante. Mas não era tão simples assim. Ele, relutante. Ela, cautelosa. Era difícil para ele. Não era do seu feitio. E ela ainda temia não conhecer ele de verdade. Ele, recusou. Ela, não insistiu. Ele não queria largar sua vidinha. Mas não conseguia deixar de conversar com ela, olhar para ela. Ele, indeciso. Ela, receosa. A fase da vida deles também não era a mais propícia, convenhamos. Uma vida completamente diferente da qual eles estavam acostumados. E mesmo assim, ele não conseguia deixar de querer vê-la, querer conversar com ela, querer beijá-la. Não podia ser amor, ele ainda tinha muito para 'curtir'. Mas a curtição já não fazia muito sentido. Ela também esperava por ele, mas não podia esperar a vida toda. Ele tinha que escolher, e escolheu.Hoje, ele não tem mais dúvida sobre a escolha certa. Hoje, ele agradece, ter feito a escolha que fez. Seria tolice da parte dele, achar que tinha alguma coisa a ganhar escolhendo a outra opção...


Como estão os dois hoje? Ele, apaixonado. Ela, também.


Por: Leonardo

4 comentários:

  1. Que bom que a escolha certa foi feita. Mesmo cada um deles sendo tecnicamente diferentes, mostraram que eram compativeis os seus corações. E é isso que importa, isso que se chama "amor".

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  2. Uia, que fofo!!

    Mesmo com todas as diferenças, em comum eles tinham a disponibilidade para a entrega no amor.

    Sem isso, todas as demais compatibilidades seriam desnecessárias ;-))

    Beijo.

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  3. aiaiaiaiaai, nao acredito numa incompatibilidade compatível hahahahahha
    :PP
    tudo de bom pra vcs :D

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  4. cara, incrível!
    esse texte tem um 'quê' de música...
    ele isso, ela aquilo.
    vi melodia nele
    lindo lindo
    beiijo!

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