sábado, 24 de julho de 2010

Sintonizando

Meu coração está sangrando. E o seu ritmo descompassado me faz ofegar. Falta-me fôlego, falta-me ar. Por um segundo, meu chão sumiu.
Desculpe minha imaturidade e meu jeito de lidar com as situações. Talvez nossas vidas não sejam compatíveis, ou nossos pensamentos se estranhem. Talvez nossas idéias não suportem conviver no mesmo ambiente.
Eu te amo, é isso. E é impossível descrever a imensidão que esse amor constitui. É por ele que eu me desmancho, me recomponho, faço carinho e me jogo sem medo. É por ti, por mias ninguém.
E se tem algo que eu aprendi nesses últimos dias é que o amor não é tudo. É preciso confiança, respeito e compreensão. É preciso paciência. É preciso espaço. Eu preciso de espaço.
Há quatro meses atrás, eu te deixei morar em meu coração. Para trilharmos o caminho juntos, e marcarmos pares de pegadas na areia. Demonstrar e transparecer amor. Eu te deixei habitar meu coração, mas não te dei permissão para ocupar minha vida inteira.
Somos um só coração, mas somos dois corpos. E eu preciso respirar.

Talvez nossas vidas não sejam compatíveis, ou nossos pensamentos se estranhem. Talvez nossas idéias não suportem conviver no mesmo ambiente. Porém se o amor não é tudo, ele constitui uma boa parte.
E apesar de nossas mentes brigarem, meu coração anseia por ti. Meus olhos te procuram e meus lábios sussurram teu nome. É isso que importa? Eu não sei, mas não consigo te tirar da minha vida.

Eu te dou permissão para invadir meu coração. E a minha vida. Mas, por favor, deixe-me respirar.
E hoje meu coração sangra. Sangra porque está machucado.
E, em uma via irônica, tu és minha dor e meu remédio. Não me deixe.

Tu és minha dor e meu remédio.
Somos dois, somos um. Tentando aprender a caminhar na mesma sintonia.

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