segunda-feira, 22 de novembro de 2010



Nós não somos rocha. Mas estamos sentados sobre a rocha.

sábado, 20 de novembro de 2010

A tristeza insiste em desabrochar. Em meio a perfeição, sorrisos e abraços, as lágrimas insistem em florescer dos meus olhos e lamber minha face. O gosto salgado de sentimentos que doem. Está tudo preso em meu peito, e me comprimem tanto que causam ânsia de vômito. Quero vomitá-los. Tirá-los de dentro de mim. Teimosos e rápidos, eles me dominam e anuviam minha visão, cegam-me. Tampam a felicidade que a vida insiste em me proporcionar.

Em meio a uma vida perfeita, guardo dores e mágoas. Dói. E percebo que este é meu problema. Eu guardo tudo. A minha caixinha interna transborda lembranças de dor e choro, e meu peito já não aguenta mais tanta pressão. Em meio a uma vida tão feliz, com tanto sonho, tanto carinho, a maré de problemas quer me afogar. E ela me persegue, corre atrás de mim. E eu fujo, mas inutilmente. Porque ela me alcança. E daí eu choro.

E daí eu choro.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010



“Nunca duvide na escuridão do que Deus lhe disse na luz”.

domingo, 7 de novembro de 2010




A tristeza bate dentro de mim, e eu tento expulsá-la na forma de lágrimas. É uma sensação estranha e desagradável, que me sufoca, mesmo quando tudo está bem. E tudo está bem, está ótimo. Mas eu ainda a sinto, e as lágrimas ainda rolam pela minha face.

É inexplicável a sensação de solidão que me habita. Que me trava. E eu me sinto irracional, um ser primata, que perdeu a habilidade de se comunicar com as pessoas. Eu não sei falar, eu não sei responder. Então eu sorrio, e aceno com a cabeça. As palavras morrem, e a dor vem, para me lembrar que eu sou incapaz de ser sociável.
Então, eu sinto falta. Sinto falta da minha capacidade de fazer amigos, de rir, de deixar as palavras fluírem. Sinto falta da época em que eu não me sentia julgada constantemente, e que eu podia deixar minha cabeça livre e meus braços abertos para novas pessoas. Sinto falta de laços de irmandade, daquele amor incondicional por um amigo.

E por isso eu choro. Eu choro porque as lágrimas me aliviam, levando as poucos a dor pra fora. Eu sei, amanhã a dor volta. Então eu choro de novo. E esse ciclo infeliz e sem fim se repete e se repete, até a hora em que eu pôr um final nisso. E é isso que eu quero fazer.
Quero sorrir, falar, dizer, conversar, opinar, sugerir, perguntar. Quero a felicidade plena, a paz no coração, a garganta livre. E não quero descontar em lágrimas e em ataques compulsivos por comida, que resultam em vômito e dor, em mais uma forma de pôr a dor pra fora.
Não quero mais me conformar com esta situação. Não quero mais fugir, nem me esconder. Quero sair da concha, e explorar este mar cheio de possibilidades, sem morrer na praia.

É preciso crescer. O mundo é bonito demais para vivermos de lágrimas.




Agradeço a Deus, porque Nele eu confio, e ao meu amor, pela sua paciência.